Pois hoje eu levei um GRANDE SUSTO. Eis que eu estava dormindo tranqüilamente no meu quarto quando entra uma pessoa que eu não conseguia reconhecer por causa da contra-luz. Parecia meu antigo instrutor de golfe, mas o que ele estaria fazendo no meu quarto? Ele se desculpou e disse que havia se enganado, pedindo pra eu ficar calma. Não, não foi uma experiência espiritual, paranormal ou ufológica. Novamente foi um assaltante que invadiu minha casa, dessa vez comigo dentro. Ele só queria dinheiro e jóias, mas como eu não tinha nada e nem sabia onde tinha, ele levou 5 reais e a minha filmadora. Qualquer dia desses vamos ver numa dessas emissoras locais um videoclipe de alguém tocando violino! O mais cômico da história é que antes de ir embora ele me trancou no meu quarto e se despediu com três beijinhos dizendo que eu era muito bonita. Ainda bem que não era um tarado, apesar de ter me passado a mão na bunda antes de sair. Mas aí eu tive que me impor: "Pera aí! Vai embora duma vez que tu disse que não ia fazer nada!!"
Depois de uns minutos trancada no quarto, sentada na sacada - completamente cega, já que meus óculos lentes estavam no banheiro - pedi ajuda para umas pessoas que passavam aqui na frente. Elas chamaram meu pai e o ronda que dormia na casa ao lado, aí ele me destrancou e eu passei uma agradável e ensolarada tarde de domingo batendo papo com os policiais que fizeram a ocorrência. Os caras muito gente boa. Até dei uma volta do Vectra deles, na tentativa de reconhecer alguém pela rua. Inútil.
Durante o assalto e na hora em que eu conversava com os policias me senti uma jornalista: pensei que seria legal entrevistar o bandido, fazer uma matéria sobre vida de assaltante arrombador de casas; depois fazer um contraponto com a vida de policial que prende assaltantes arrombadores de casa e coisa pior. Cada história eles me contaram! Sim, por que eu não parava de fazer perguntas!
Agora até posso rir da história e tirar alguma coisa boa disso tudo (?), mas na verdade eu tô é morrendo de medo que voltem aqui!