Essa coisa de ter um blog começou a me parecer interessante...
Resolvi publicar a minha poesia preferida - The Road Not Taken, by Robert Frost - e comecei a ecrever um breve comentário sobre ela: bom, o comentário acabou virando uma crônica e acho que vou inscrevê-la no caça, só pra não dizer que não ganho porque também não participo!
A história de um futuro
Há um dito popular que afirma que a única coisa certa na vida é a morte; discordo disso! Não que eu tenha ainda aquele sentimento infantil de imortalidade, morrer eu sei que todos vamos, o fato é que, além de morrer, vamos ter que passar por algo muito pior: escolher. Sim, porque são justamente nossas escolhas que vão determinar todo o rumo de nossa própria existência, da existência das pessoas que estão a nossa volta, talvez das que não estão, e até mesmo daquelas que ainda nem pessoas são.
O tempo todo estamos escolhendo alguma coisa e automaticamente excluindo inúmeras outras possibilidades. Particularmente, tenho uma enorme dificuldade em fazer escolhas: penso, repenso, analiso cada opção, cada lado da questão, as possíveis conseqüências, faço previsões, crio histórias e, se necessário, arrisco até cálculos matemáticos ou gráficos estatísticos.
Se analisarmos a amplitude da questão, percebemos a enorme responsabilidade que temos ao realizarmos desde as mais simples tarefas, como o caminho a tomar de casa para o trabalho, até grandes decisões, como ter um filho ou não. Ora, cada escolha pode ter conseqüências gigantescas, mudar totalmente a história. Por exemplo: imaginem se, no momento em que Hitler foi concebido sexualmente, sua mãe estivesse com dor de cabeça, mas tendo que cumprir suas funções de mulher, tivesse cedido às pressões do marido – quantas dores de cabeça poderiam ter sido evitadas.
Está certo que essa é uma maneira um pouco dramática de ver a questão, afinal, nem sempre se pode afirmar que as coisas realmente teriam sido melhores se a escolha tivesse sido outra; também, uma péssima escolha feita pode ter conseqüências positivas no futuro. Sim, eu concordo que se a cada passo que tomarmos, fizermos tantos esquemas probabilísticos, ficaríamos totalmente paranóicos. Mesmo assim, vale lembrar da importância de agirmos com um mínimo de responsabilidade, já que escolher é como a famosa bola de neve: pode tanto servir como um inocente brinquedo de criança, como iniciar uma catastrófica avalanche.
E aqui está a estrada que eu não tomei....
The Road Not Taken
Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I –
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
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